Com o passar dos anos, o corpo vai dando sinais próprios do envelhecimento: enfraquecimento da visão e audição, movimentos mais lentos. Dificuldades na hora de se alimentar também são consequências comuns do avanço da idade. Porém, a atenção aos sinais do corpo deve ser redobrada nessa fase da vida, uma vez que a sensibilidade do organismo e a fragilidade da saúde são maiores nessa etapa.
O que é a Disfagia?
A disfagia é uma doença caracterizada pela dificuldade de engolir, ou seja, fazer a deglutição de alimentos ou de líquidos. O problema traz a sensação de que a comida ou o líquido estão presos na boca, garganta ou no esôfago.
A pessoa com disfagia pode apresentar dificuldade em mastigar, em preparar e manter o alimento dentro da boca, de engolir, ou apresentar dor a engolir (odinofagia).
Ela pode ocorrer em qualquer faixa etária, desde o bebê prematuro ao idoso, porém é mais comum ocorrer na terceira idade ou em pessoas com condições neurológicas, como AVC, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, entre outras.
Causas
A disfagia ocorre devido a dificuldades em organizar e executar o ato motor de engolir os alimentos, e em idosos pode ocorrer por exemplo em decorrência do comprometimento das áreas do cérebro que são responsáveis por estas funções.
Na doença de Alzheimer, a disfagia pode iniciar com sintomas leves na fase moderada da demência e estar bem definida na fase avançada.
Outras causas comuns são a perda da dentição, do tônus muscular das estruturas faciais (maxilar, bochechas, língua) e o uso de próteses dentárias mal adaptadas.
Consequências
O maior risco à saúde do idoso com disfagia é a subnutrição e desnutrição, principalmente se ele já convive com alguma doença crônica.
Além disso, a disfagia causada por esses transtornos pode levar ao isolamento, uma vez que a refeição também é um ato social, que muitas vezes envolve familiares e amigos.
Como perceber os primeiros sintomas?
É importante estar atento ao processo de alimentação do idoso e observar se ele apresenta alguma anormalidade, por mais sutil que seja.
É muito comum ocorrer:
- Engasgos;
- O idoso deixa de comer determinados alimentos pela dificuldade de engolir;
- Voz alterada ou rouca após as refeições;
- Tosse frequente durante e após se alimentar;
- Perda de peso;
- Infecções respiratórias constantes.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico, e o idoso deve ser avaliado por médico gastroenterologista ou ainda o otorrinolaringologista.
Cuidados no dia-a-dia e tratamento
Aliviar os sintomas e realizar algumas alterações pode garantir que a qualidade de vida do paciente com disfagia melhore bastante.
As principais intervenções são exercícios acompanhados por fonoaudiologista e alterações da dieta prescritas por nutricionista.
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